quarta-feira, 15 de junho de 2011

Grécia

Novos temores sobre Grécia abortam retomada e pressionam bolsas



Nem começou e a recuperação dos mercados de ações foi abortada, frente ao retorno dos temores relacionados à Grécia, o que leva os principais índices de ações no exterior a registrar queda nesta quarta-feira (15).
Novamente, as atenções voltam-se para a redefinição do pacote de ajuda à Grécia, com as dificuldades para que os países liderados pela Alemanha cheguem a um acordo com o BCE (Banco Central Europeu) sobre a participação de investidores privados em um novo plano. Para a autoridade monetária, seria o mesmo que um calote.

Reação em cadeia
Revoltados com as pesadas medidas de austeridade fiscal propostas pelo Governo, cerca de 20 mil manifestantes concentram-se em frente ao parlamento grego, encontrando forte repressão policial. Há relatos de confronto, em meio a uma greve geral convocada pelas centrais sindicais.
A exposição ao cada vez mais esperado calote da Grécia levou a agência de classificação de risco Moody’s a colocar os ratings de bancos franceses em revisão para possível rebaixamento, levando as ações de instituições como Société Générale e BNP Paribas a operar em forte queda, de 1,5% e 1,9% respectivamente, na bolsa de Paris.
Nos Estados Unidos, o cenário político continua a preocupar os investidores, com a aproximação do limite para rolagem da dívida dos EUA, projetada para o início de agosto. Até lá, republicanos e democratas continuam a debater a elevação do teto para a dívida.
Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve, criticou a busca por ajuste fiscal por meio desta negociação. Em sua visão, os esforços na busca de uma situação fiscal melhor serão inúteis, caso os EUA sejam forçados a um “calote técnico”.
“Ainda que os membros do Fed estejam mais preocupados com o crescimento econômico, será preciso uma fragilidade muito maior, antes que discutam medidas [de estímulo] adicionais”, afirmou o analista-chefe do Danske Bank, Allan von Mehren.

Perspectivas
Pela agenda doméstica, ganha destaque o vencimento de opções e dos contratos futuros do Ibovespa. “O vencimento casado de opções de ações e índice futuro em junho, aliado às condições de liquidez e performance da bolsa, surge como uma barreira adicional à melhoria das cotações na Bovespa”, segundo Marco Melo, chefe de análise da corretora Ágora.
“Após o vencimento dos contratos futuros e opções nos próximos dias, o Ibovespa poderá esboçar uma reação, condicionada a novos sinais do ritmo da atividade econômica mundial e também ao encaminhamento da crise grega pelas autoridades monetárias europeias”, concordou o analista Paulo Esteves, da Gradual Investimentos.
Já a equipe de estrategistas do Société Générale reforçou sua expectativa favorável com as ações. “Embora a fragilidade da economia dos EUA tenha sido a centelha da queda nos principais mercados de ações, nós acreditamos que haverá uma recuperação gradual até o fim do ano”, revelou relatório.

Fonte: Infomoney

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